Agora Natal

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Jornalista, produtor cultural.

terça-feira, outubro 31, 2006

FestNatal: “Vestido de Noiva” na Mostra Nacional de Ficção, dia 10

FESTNATAL CONFIRMA "VESTIDO DE NOIVA", DE JOFFRE RODRIGUES, PARA A ABERTURA DA MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE FICÇÃO, DIA 10
Filho mais velho de Nelson Rodrigues estréia no cinema adaptando uma das mais famosas peças do dramaturgo. Exibição abre a Mostra Competitiva Nacional, no Moviecom
O 16º Festival de Cinema de Natal já tem confirmado o filme de estréia da Mostra Competitiva Nacional de ficção, que começa dia 10 de novembro: trata-se de "Vestido de Noiva" (Foto), filme de estréia do diretor Joffre Rodrigues. Depois de dois anos trabalhando em cima dos escritos do pai, Joffre, que é o filho mais velho de Nelson Rodrigues, adapta para o cinema a peça teatral homônima que consolidou a carreira do dramaturgo em 1943.
O Festnatal é uma promoção da Prefeitura do Natal através da Capitania das Artes, e tem patrocínio também da Lei Djalma Maranhão, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. (Foto)

FestNatal: “Vestido de Noiva” na Mostra Nacional de Ficção, dia 10

Com Marília Pêra no papel de Madame Clessi, "Vestido de Noiva" é a história de duas irmãs apaixonadas pelo mesmo homem que no meio das fantasias e disputas, ocorre um fato relevante que modifica o rumo da história. A trama se desenrolada da seguinte forma: após ser atropelada, uma mulher passa a relembrar os acontecimentos de sua vida. Mas uma lembrança, que ela não sabe se é verdadeira, pode indicar que o acidente que sofreu foi intencional. Além de Marília Pêra, estão no elenco Simone Spoladore (como Alaíde), Letícia Sabatella (Lúcia), Marcos Winter (Pedro), Bete Mendes (D. Lígia), Buza Berraz (Redator do diário), Nélson Vinícius (como Pimenta), André Valli (Timbira), Sandra Barsotti (D. Laura), Tonico Pereira (homem de barba), Luís Furlaneto (Pai), Rogério Fróes (Desembargador).
Levando às telas "Vestido de Noiva", o estreante cineasta de 63 anos Joffre Rodrigues realiza um velho sonho do pai. "Antes de morrer, ele me pediu para fazer esse texto acontecer, e no cinema", disse Joffre, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, por ocasião da exibição do filme em Paris no ano passado. O longa-metragem já foi exibido em eventos especiais fora de competição, no exterior, mas esta será sua primeira participação em caráter competitivo, segundo informou o produtor Valério Andrade.
A Mostra Competitiva Nacional é a categoria principal do Festnatal e conta com seis filmes que concorrem ao Troféu Estrela do Mar e ao prêmio de R$ 10 mil para o Melhor Filme, conferido pelo BNB Cinema. A Mostra Competitiva Nacional começa dia 10 e vai até dia 16, após o término da mostra "Vidas na Tela" (de 3 a 9), de documentários em longa-metragem.
Direção do Festnatal
Valério Andrade ( (84) 9418-2152
[www.festnatal.com]
Mais informações:
Assessoria de imprensa: 9974-3839

segunda-feira, outubro 23, 2006

Prêmio Sesc de Poesia: ganhadores

O escritor e poeta Francisco de Paula Sobreira Bezerra, com a poesia "Discordância" foi o grande vencedor do 1° Prêmio SESC de Poesia, concurso que integra a programação comemorativa dos 60 Anos do SESC. O concurso, de âmbito estadual, com organização a cargo da Biblioteca Central do SESC, em parceria com o Clube de Letras e Artes Potiguares (CLAP), obteve excelente repercussão no Estado, recebendo inscrições de um número em torno de 80 poetas oriundos de todos os recantos do Rio Grande do Norte. A solenidade festiva para a entrega dos prêmios ocorrerá na próxima Quinta-feira, dia 26, na área verde do SESC Cidade Alta.
O vencedor do concurso é domiciliado em Natal, sendo natural de Canindé, no Ceará, e reside na rua Joaquim Fabrício, 299, em Petrópolis. Francisco Sobreira, que concorreu com o pseudônimo "Fritz", foi contemplado com um Fim de Semana numa Pousada do SESC, a escolher, na Região Nordeste (João Pessoa, Fortaleza, Recife ou Maceió), com direito a acompanhante, passagem área e alimentação.
Bastante conhecido como prosador, ficcionista, Francisco Sobreira tem diversos romances, entre eles "Clarita", que reúne contos. No prefácio de "Clarita", escreveu Anchieta Fernandes sobre o ganhador do 1° Prêmio SESC de Poesia:
"O autor é um bom contista, na acepção exata do termo. Eu não diria que é um experimentador de formas novas (como Rubem Fonseca em alguns contos). Ou um poeta da riqueza sonora das palavras (como Guimarães Rosa). Ou um repórter da gíria do povo (como Plínio Marcos). Eu diria que é um Machado de Assis contemporâneo". (Foto)

Prêmio Sesc de Poesia: ganhadores

"Francisco Sobreira é cearense de Canindé, mas reside em Natal (RN) há quase 40 anos", informa o blog sobre cinema que disponibiliza mais informações sobre o vencedor do 1° Prêmio SESC de Poesia: "Estudioso de cinema, foi cineclubista, presidente do Cine Clube Tirol (Natal) e do Clube de Cinema de Fortaleza. Escritor, publicou os seguintes livros: A Morte trágica de Alain Delon (contos, 1972); A Noite mágica (contos, 1979); - Não enterrarei os meus mortos (contos, 1980); Um dia... os mesmos dias (contos, 1983); O Tempo está dentro de nós (contos, 1989); Palavras manchadas de sangue (romance policial, 1991); Clarita (novela e contos, 1993); Grandes amizades (contos, 1995); Crônica do amor e do ódio (contos, 1997); A Venda retirada (romance, 1999); Infância do coração (romance, 2002). Participou de antologias de contos no Ceará e no RN. Seu nome está incluído na Enciclopédia de Literatura Brasileira, de Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa."
Foi classificado em segundo lugar o poeta Marcelo de Araújo Quirino, com a poesia "A Árvore Desfolhada". Nascido em 16 de abril de 1970, Marcelo Araújo, residente na rua da Pescada, 47, no Conjunto Parque das Dunas, foi contemplado pelo 1° Prêmio SESC de Poesia com um Kit com livros de literatura, no valor de R$ 1.000,00, numa livraria de Natal/RN. O terceiro lugar ficou com o poeta Roberto de Lima de Sousa, que classificou o poema "Paisagem Memória". Roberto Lima, residente na rua Valter Fernandes, 3559, em Capim Macio, foi contemplado com um Kit com livros de literatura no valor de R$ 500,00, numa livraria de Natal/RN. A Comissão Julgadora achou por bem conceder uma Menção Honrosa para o poeta José Alves Pinto Júnior, domiciliado à av. Sargento Noberto Marques, 88, Centro, Parnamirim. Pinto Júnior é jornalista, editor do jornal Potiguar Notícias, de Parnamirim.

Prêmio Sesc de Poesia: ganhadores

Foto de Lançamento do
Prêmio SESC de Poesia

Integraram a Comissão Julgadora, a convite dos organizadores do 1° Prêmio SESC de Poesia, as poetas Diva Cunha e Marize Castro e o poeta Josean Rodrigues.
Diva Cunha é poeta natalense, tendo mesmo se revelado uma das principais poetas da contemporaneidade, segundo verbete organizado pela professora de Literatura Constância Lima Duarte, para o site A mulher na literatura, da UFSC. Formada em Letras, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, fez a pós-graduação na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, defendendo a dissertação Dom Sebastião: a metáfora de uma espera. Na UFRN, atuou como professora de Literatura Portuguesa no curso de Letras até aposentar-se, e, atualmente, faz o curso de doutorado na Universidade de Barcelona. Integra os quadros da Universidade Potiguar, onde ensina História da Literatura do Rio Grande do Norte e Cultura Brasileira. Autora de Canto de página, livro que "revelou uma poetisa madura, com extrema capacidade de manejo do verso e com uma dicção própria", segundo Constância. Seus livros seguintes — Palavra estampada e Coração de lata — reforçam a noção de uma poética que trabalha a emoção e a razão, tentando atingir o equilíbrio possível entre elas. Seus principais temas poderiam ser assim resumidos: a poesia, a cidade, a mulher.

Prêmio Sesc de Poesia: ganhadores

Júri
Marize Castro é poeta natalense festejada pelos críticos e público. Considerada uma das melhores poetas contemporâneas norte-rio-grandenses, ganhou vários prêmios literários, dentre os quais Prêmio de poesia FJA (1983) e o Prêmio Othoniel Menezes (1998). Seu último livro, "Esperado ouro", Natal, edições UNA, (set) 2005, 119 páginas, 52 poemas, com capa de Wellington Dantas, foi, como os anteriores, bem recebido pela crítica, merecendo resenha na da revista CULT, número 104, assinada pelo poeta Moacir Amâncio. Jornalista formada pela UFRN, foi editora do jornal literário O Galo, da Fundação José Augusto, inspirado na publicação Nicolau, do Paraná, e editora do CADERNO DE ENCARTES, do Jornal de Natal. Como poetisa, Marize publicou Marrons crepons marfins (1984), que recebeu o Prêmio de Poesia da Fundação José Augusto, e Rito, em 1993. Em 1996, Marize Castro publicou Poço. Festim. Mosaico, onde utiliza uma linguagem que oscila entre a prosa e a poesia e se nutre dos principais mitos e musas da literatura ocidental. Constância Lima afirma, no verbete que organizou sobre a poeta, para o site da UFSC: "Desde o lançamento de seu primeiro livro, a escritora surpreendeu pela qualidade literária de seu trabalho. O segundo livro confirmou o talento, o amadurecimento poético e a opção por uma certa linguagem refinada, que busca alcançar um tom universal para sua poesia." Como editora, foi coordenadora da Revista Odisséia, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, da UFRN.
Josean Rodrigues é poeta, autor dos livros: Amálgama, Sem saber do poeta, Esparso, Poema da existência e Avelã. Foi laureado, em 2001, com o Prêmio Jesiel Figueiredo de Textos Teatrais Inéditos, para peças adultas e infantis, com o texto O Ponto. Menção honrosa no Concurso Literário Othoniel Menezes nos anos 2001 e 2002. É membro fundador da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins.
Poema vencedor:
Discordância
Francisco de Paula Sobreira Bezerra
Perdoe a ousadia de discordar de você,
alguém que na poesia anda de gatinhas.
E ama demais os versos
que o seu gênio de vozes múltiplas criou.
Mas, Fernando, não acho que o poeta seja um fingidor
.

Mostra Internacional de Cinema

A Mostra Internacional de Cinema, tradicional evento do calendário cinematográfico do país, que acontece de 20 de outubro a 2 de novembro em São Paulo, celebra sua 30ª edição com um grande prêmio para o cinema brasileiro. A Mostra Internacional de Cinema comemora 30 anos com prêmio recorde para o cinema brasileiro
No ano passado, a 29ª Mostra exibiu 50 longas e 18 curtas-metragens brasileiros. O Troféu Bandeira Paulista, outorgado pelo júri internacional da 29ª Mostra, foi concedido pela primeira vez a um longa brasileiro: "Cinema, Aspirinas e Urubus" (foto), de Marcelo Gomes. Ao contrário dos anos anteriores, em que a Mostra reuniu a obra completa de grandes cineastas, na 30ª edição o evento se debruça sobre um gênero: o cinema político italiano dos anos 60 e 70, conhecido na Itália como "cinema de empenho civil".
Serão exibidos filmes dos cineastas representativos da época, como Marco Bellochio (De Punhos Cerrados, A China Está Próxima), Bernardo Bertolucci (Antes da Revolução), Ettore Scola (Feios, Sujos e Malvados; Nós que nos Amávamos Tanto), Dino Risi (Esse Crime Chamado Justiça), irmãos Taviani (Os Subversivos), Francesco Rosi (O Caso Mattei, Mãos sobre a Cidade) e outros.

domingo, outubro 22, 2006

Mostra Internacional de Cinema

Florinda Bolkan
Por conta da retrospectiva, vem a São Paulo como convidada da Mostra Florinda Bolkan, atriz brasileira radicada na Itália, que foi uma das musas desse gênero e participou do filme Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita (1970), de Elio Petri, presente na retrospectiva. Florinda participará também do júri da 30ª Mostra.
A 30ª Mostra é uma realização da ABMIC com o patrocínio da Petrobrás Distribuidora; apoio da Faap; promoção da Folha de S.Paulo e do Sesc São Paulo; apoio cultural do Governo Federal, Lei de Incentivo à Cultura, Secretaria de Estado da Cultura, São Paulo Turismo, Governo do Estado de São Paulo; apoio institucional da Imprensa Oficial, Prefeitura da Cidade de São Paulo; e colaboração do Hotel Crowne Plaza e da Editora Cosac Naify. (Foto)

Mostra Internacional de Cinema

Críticos escolhem os 30 principais filmes do evento em São Paulo,
por Cássio Starling Carlos, Carlos Adriano,
Fernando Masini e Humberto Pereira da Silva


1. "Acidente", de Cao Guimarães e Pablo Lobato A partir de fragmentos sensoriais, a dupla de cineastas mergulha em uma Minas que nem sempre está onde sempre esteve. (Cássio Starling Carlos)
2. "O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hamburger
Uma bela fábula política, ambientada durante a Copa de 70, sobre um garoto que vive a solidão do goleiro na hora do pênalti. (Cássio Starling Carlos)
3. "Arame Farpado", de Bappaditya Bandopadhyay
O cinema indiano merece um olhar atencioso, pelo menos porque é um dos mais prolíficos do mundo. Bappaditya Bandopadhyay esteve por aqui na Mostra do ano passado com "Devaki", que passou praticamente despercebido. Volta agora com "Arame Farpado". Trata-se de um autor que desperta curiosidade, principalmente por causa dos temas que aborda, neste filme a jornada de Sudha, uma imigrante ilegal que, para conseguir sobreviver, passa de um homem para outro e muda sempre de religião. O filme joga luzes sobre dois problemas globais: a imigração ilegal e o terrorismo. (Humberto Pereira da Silva)
4. "Babel", de Alejandro González Iñárritu
O diretor mexicano conclui com este filme uma trilogia sobre a relação de pais e filhos, que começou com "Amores Brutos", de 2000, e passou por "21 Gramas". Da história provinciana retratada no primeiro, Iñárritu saltou para uma abordagem global em "Babel". São quatro focos narrativos, que vão dos EUA ao Japão. Os atores Gael García Bernal, Brad Pitt e Cate Blanchett fazem parte do elenco. Apesar de perder a Palma de Ouro para o inglês Ken Loach, Iñárritu levou o prêmio de direção em Cannes. (Fernando Masini)
5. "Belle Toujours – Sempre Bella", Manoel de Oliveira
Oliveira reencontra a Séverine de "Bela da Tarde" e dá risadas com Buñuel no jardim da infância. (Cássio Starling Carlos)

30 obras da Mostra de Cinema

6. "Caminho para Guatanamo", de Michael Winterbottom
Apesar de já ter participado de Mostra anterior, com "A Festa Nunca Termina", Michael Winterbottom não é tão conhecido por aqui. "Caminho para Guatanamo", Urso de Prata de direção no último Festival de Berlim, é a oportunidade de apreciar um filme que toca em questões atuais e nos desconforta. No caso, o drama real de quatro jovens ingleses de origem paquistanesa, moradores da cidade de Tripton (Inglaterra), que, confundidos com terroristas, são arbitrariamente presos na base naval de Guantanamo, em Cuba. O filme explora a linguagem do "docudrama", transitando no limite entre o documental e a recriação dramática. (Humberto Pereira da Silva)
7. "Cabiria", de Giovanni Patrone (versões muda e sonora)
Mais do que pelo teor de supermega clássico, vale pela exibição comparada de duas versões de um mesmo filme, com mais de uma hora de diferença entre suas durações. (Carlos Adriano)
Produção mais célebre da fase muda do cinema italiano e filme de cabeceira de Federico Fellini, "Cabíria" foi restaurado pelo Museo Nazionale del Cinema, de Turim, em associação com a PresTech Film Laboratories Ltd., de Londres. Há tantos elementos que consideramos como invenções americanas, como o épico histórico de longa duração, a câmera em movimento e a luz difusa… Mas tudo isso já se encontra nesse filme, realizado dois anos antes de "O Nascimento de uma Nação", de Griffith. É a oportunidade rara de ver um dos filmes mais relevantes da história do cinema. (Humberto Pereira da Silva)
8. "O Céu de Suely", de Karim Aïnouz
Este filme, segundo longa-metragem do diretor cearense de "Madame Satã", foi vencedor do prêmio do júri no recém-encerrado Festival do Rio. A atriz Hermila Guedes faz o papel de uma jovem de 21 anos que deixa São Paulo para reencontrar a família em Iguatu, interior do Ceará. À espera do retorno do marido, ela busca alternativas para ganhar dinheiro e divertir-se com a amiga Georgina. (Fernando Masini)
9. "O Crocodilo", de Nanni Moretti
Um filme-caos com o qual Moretti acerta as contas não só com Berlusconi, mas também com a Itália, e refaz as pazes com o cinema. (Cássio Starling Carlos)
10. "Diário", de David Perlov
Chance de acompanhar a viagem pessoal do documentarista judeu David Perlov, nascido no Rio de Janeiro. "Diário" (1983) é dividido em seis episódios, de 52 minutos cada, com imagens do cotidiano captadas durante 10 anos nas ruas de São Paulo, no seu apartamento em Tel Aviv e nas viagens do diretor por Paris, Amsterdã e Londres. Registros particulares que formam um mosaico de memórias. No início do primeiro episódio, Perlov anuncia: "Maio, 1973, eu compro uma câmera. Eu começo a filmar eu mesmo e para mim mesmo. O cinema profissional não me interessa mais". (Fernando Masini)

30 obras-primas da Mostra de Cinema

11. "Eu Não Quero Dormir Sozinho", de Tsai Ming-liang
Variando seu registro musical entre o irônico-opaco e o cômico-erótico, o diretor de "O Rio" costuma construir parábolas sobre o mal-estar pós-moderno em órbitas intrigantes. (Carlos Adriano)
12. "Fica Comigo", de Eric Khoo
Em Cingapura, em São Paulo ou em qualquer outro lugar, o entrecruzar de histórias revela que o amor sobrevive à miséria do abandono. (Cássio Starling Carlos)
13. "Fora do Jogo", Jafar Panahi
É tema recorrente no cinema iraniano atual mostrar o empenho das mulheres em enfrentar as imposições do regime islâmico. A jovem Samira Makhmalbaf exibiu, no seu último filme, a aspiração de uma adolescente em tornar-se a nova presidente do Afeganistão. Em "Fora do Jogo", Panahi acompanha os passos de uma torcedora até o estádio onde será realizado jogo decisivo para a classificação do Irã à Copa do Mundo de 2006. (Fernando Masini)
Um dos nomes mais representativos do cinema iraniano, Panahi integrou a seleção da 19ª mostra e ganhou o Caméra d’Or para filme estreante no Festival de Cannes com seu primeiro longa, "O Balão Branco". Com "O Círculo" (2000) levou o Leão de Ouro no Festival de Veneza. "Fora de Jogo", como outros filmes da Panahi, aborda a difícil condição da mulher na sociedade iraniana. Em época de Copa do Mundo, no Irã as mulheres são proibidas de assistir aos jogos pela televisão. Um grupo de jovens loucas por futebol cede ao frenesi e quer torcer pelos jogadores de seu país, que estão participando da Copa. (Humberto Pereira da Silva)
14. "O Grito das Formigas", de Mohsen Makhmalbaf
Com seus épicos cotidianos em tom menor, de elaborada estrutura fabular, o diretor de "Salve o Cinema" declama libelos libertários por meio de antiilusionismo popular. (Carlos Adriano)
15. "It’s Winter", de Rafi Pitts
Para os filhos da revolução iraniana, o inverno é a metáfora do descontentamento. (Cássio Starling Carlos)
16. "Juventude em Marcha", de Pedro Costa
O cineasta português oferece uma experiência difícil e incrível de cinema materialista. (Cássio Starling Carlos)
Herdeiro autorizado do método de cinema de Straub-Huillet, o diretor de "No Quarto da Vanda" reitera seu projeto de ensaios deslumbrantes sobre os despossuídos à margem. (Carlos Adriano)
Vale como uma aposta. Pode agradar ou ser preterido pelo público. Chamou a atenção no Festival de Cannes deste ano, onde foi exibido na mostra competitiva, pela inventividade narrativa e a escassez de recursos. Filmado em formato digital, com luz natural e atores não profissionais. O diretor português opta por planos longos e escuros, com diálogos extensos. É a história de um operário de Cabo Verde, abandonado pela esposa, que vive perambulando pelas ruínas do bairro Fontainhas, no noroeste de Lisboa. (Fernando Masini)

30 obras da Mostra de Cinema

17. "Half Moon", de Bahman Ghobadi
Ghobadi é mais um dos grandes nomes do cinema iraniano. Esteve em Mostra anterior com os curiosos títulos "Tempo de Embebedar Cavalos" e "Tartarugas Podem Voar", que granjearam apreço de crítica e público. Volta novamente com "Half Moon", que foi triplamente premiado no recente Festival de San Sebastián: melhor filme e prêmios do júri para roteiro e fotografia. Seguindo uma linha característica do cinema iraniano, o "road movie", Ghobadi mostra, após a queda de Saddam Hussein, os percalços de um renomado músico curdo que ficou 35 anos sem poder tocar e que recebe autorização para empreender uma jornada pelo Iraque para realizar um concerto. (Humberto Pereira da Silva)
18. "Hamaca Paraguaya", de Paz Encina (Foto)
Filme que restabelece o cinema no Paraguai. O último longa em película rodado no país era de 1978. Além de suprir essa carência, a diretora Paz Encina abocanhou o prêmio da crítica no Festival de Cannes deste ano, na seção Um Certo Olhar. A história aborda o conflito entre Bolívia e Paraguai pela posse do Chaco. O filho de um casal de idosos é convocado para lutar na guerra. (Fernando Masini)
19. "Khadak", de Peter Brosens e Jessica Woodworth
Cineetnógrafo poético e humanista, sem travos de exotismo, o diretor de "O Estado Cão" foca sua lente transcendente em distantes naturezas da enigmática paisagem humana. (Carlos Adriano)
20. "As Leis de Família", de Daniel Burman
É um dos cineastas da nova geração argentina, revelado na série de curtas "Histórias Breves", no início dos anos 1990. Seu filme anterior, "O Abraço Partido", foi destaque da 28ª Mostra e vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim 2004. "As Leis de Família" trata das relações conflituosas e nebulosas entre pai e filho: dois advogados que tomam posições distintas diante do trabalho e da vida. O ponto de inflexão no filme ocorre com a morte do pai. (Humberto Pereira da Silva)

30 obras da Mostra de Cinema

21. "Mary", de Abel Ferrara (Foto)
Pária intratável da indústria norte-americana, o diretor de "O Rei de Nova York" destila uma exacerbação original do mundo por meio de um cinema exagerado e desgarrado.(Carlos Adriano)
22. "Mundo Novo" (2006), de Emanuele Crialese
Com seu segundo longa-metragem, "Respiro" (2002), o diretor romano Emanuele Crialese conseguiu alcançar uma vitalidade interessante na tela. Ao narrar a fábula de uma comunidade de pescadores na ilha de Lampedusa, concebeu um cinema pulsante, em que as sensações do contato dos personagens com a natureza evocam um caráter sensual nas imagens. "Mundo Novo", seu filme mais recente, conta a saga de uma família de emigrantes italianos que deixa a Sicília em busca de melhores condições de trabalho em Nova York. (Fernando Masini)
23. "Ouvindo Imagens", de Michel Favre
Refinado autor audiovisual de vanguarda, o diretor de "Sobras em Obras" retoma o documentário de artes plásticas para transubstanciá-lo em pura experiência de cinema. (Carlos Adriano)
24. "Serras da Desordem", de Andrea Tonacci
Após mais de 30 anos sem lançar um longa-metragem 35 mm, o diretor de "Bang Bang" brinda o espectador com um filme de impacto, tão contemplativo quanto contundente. (Carlos Adriano)
25. "Síndromes e um Século", de Apichatpong Weerasethakul
A doença aproxima dois tempos através dos corpos e abre as portas da percepção em mais um OVNI do mesmo diretor de "Mal dos Trópicos".(Cássio Starling Carlos)
Uma das cultuadas revelações mais recentes e fortes do cinema, o diretor de "Mas dos Trópicos" promete outra de suas narrativas rarefeitas, encantadoras e desconcertantes. (Carlos Adriano)

30 obras da Mostra de Cinema

26. "Still Life", de Jia Zhang-ke
O descendente chinês de Antonioni relê "Deserto Vermelho" sob a ótica do mal-estar que os burocratas de seu país chamam de modernidade. (Cássio Starling Carlos)
Jia Zhang-ke é um jovem cineasta chinês, cultuado em festivais por mostrar as mudanças econômicas e comportamentais durante a abertura do regime. Seu primeiro longa-metragem, "Xiao Wu", foi proibido na China. O diretor teve também complicações com a censura para filmar "Plataforma", seu segundo trabalho, sobre uma trupe teatral mambembe. Na Mostra do ano passado, Jia Zhang-ke foi agraciado com o prêmio da crítica por "O Mundo". "Still Life" fala sobre o deslocamento de moradores ameaçados por uma inundação. Na Mostra, o público poderá conferir também "Dong", o último filme do diretor. (Fernando Masini)
"Still Life" ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza deste ano. O filme trata de tema recorrente na história do cinema, mas que não perde a importância. A velha cidade de Fengjie está prestes a ser inundada pela água de uma barragem hidroelétrica, embora a construção da nova vizinhança ainda não esteja concluída. Há coisas a serem salvas, e outras que devem ser deixadas para trás. O filme acompanha pessoas deslocadas no mundo e que perderam as suas referências. (Humberto Pereira da Silva)
27. "O Sol", de Aleksandr Sokúrov
Sokurov encerra sua trilogia sobre o poder com um retrato de Hirohito, o imperador do reino do sol que vive na mais cósmica solidão. (Cássio Starling Carlos)
Como seus vídeos são melhores que os seus filmes, o diretor de "Mãe e Filho" fica mais criativo quando contamina a película de procedimentos digitais de distorção e abstração. (Carlos Adriano)
Cineasta russo fortemente influenciado por Andrei Tarkovski, somente a partir de 1986, com a reforma democrática do país, o público pôde assistir às suas criações. Em 2002, a 26ª Mostra promoveu uma retrospectiva completa de sua obra. "O Sol" é o novo filme de uma trilogia que começou com "Moloch", sobre Adolf Hitler, e teve seqüência em "Taurus", a respeito do líder da Revolução Russa, Vladimir Lênin. (Humberto Pereira da Silva)
28. "Volver", de Pedro Almodóvar
De novo, o universo feminino faz parte de um enredo mirabolante carregado de reviravoltas melodramáticas. O que é notório é o talento de Almodóvar em arrancar de Penélope Cruz um encanto raras vezes visto no semblante da atriz. Mérito do diretor. Ela faz o papel de Raimunda, uma mulher batalhadora que se vira como pode para sobreviver em Madri. (Fernando Masini)

30 obras da Mostra de Cinema

29. "The Wind that Shakes the Barley", de Ken Loach (foto)
É mais um panfleto político do diretor inglês Ken Loach, de "Terra e Liberdade" e "Meu Nome é Joe". Em pauta, a resistência de camponeses irlandeses diante da opressão da coroa britânica, nos conflitos pela independência deflagrados na década de 20. Levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano. (Fernando Masini)
Ken Loach, com seu cinema de conteúdo fortemente político, novamente desperta atenções. Em "The Wind that Skakes the Barley", ele se volta para o espinhoso tema das relações entre irlandeses e ingleses. Em 1920, trabalhadores do campo e da cidade unem-se numa guerrilha armada para enfrentar a esquadra Black and Tan, enviada pela Grã-Bretanha para impedir os movimentos de independência dos irlandeses. Os irlandeses derrotam a Black and Tan, mas, apesar da aparente vitória, a guerra civil irrompe, e famílias que lutaram lado a lado ficarão umas contra as outras, enfrentando-se como inimigos e pondo à prova a lealdade que existia entre elas. (Humberto Pereira da Silva)
30. Retrospectiva Joaquim Pedro de Andrade
Uma boa oportunidade de descobrir ou redescobrir a obra de um dos principais diretores do cinema brasileiro, capaz de transitar com igual talento do lírico ("O Padre e a Moça", de 1965) ao político ("Os Inconfidentes", 1972), da alegoria da nacionalidade ("Macunaíma", 1969) à comédia de costumes ("Guerra Conjugal", 1975), do cinema popular ("Garrincha, Alegria do Povo", 1969) ao comentário erudito ("O Homem do Pau-Brasil", 1981). (Alcino Leite Neto)
Júri
Cássio Starling Carlos
é jornalista e crítico de cinema, colaborador da "Folha de S. Paulo".
Carlos Adriano é cineasta, realizador de "Remanescências", "A Voz e o Vazio: A Vez de Vassourinha" (premiado no Chicago Film Festival como melhor curta documentário), entre outros.
Fernando Masini é jornalista.
Humberto Pereira da Silva é professor de filosofia e sociologia no ensino superior e crítico de cinema, autor de "Ir ao Cinema: Um Olhar Sobre Filmes". (Fonte)

Mizael, o Poeta e sua obra

Artista das letras
O poeta Mizael Souza Xavier, autor prolixo, com vários livros esperando publicação, manda recado para a turma, avisando de suas atividades como criador, e anuncia os novos endereços eletrônicos de suas produções. Mizael é trabalhador das letras e um cidadão altamente consciencioso de seus deveres, e merece todo o apoio daqueles que queiram ajudar. mandou o seguinte recado:
"Amigos e amigas, estou de volta à minha vida de escritor e fiz um blog
pra mim. Nele vocês vão encontrar poesias, como sempre, mas principalmente
textos bem legais. Abordarei diversos assuntos:

drogas
política
amor
beijo
tudo mesmo.

Aguardo sua visita. E divulguem:
[www.poexistencia.zip.net], aqui.
e para fotos:
[www.vibeflog.com/mizaelpoeta], aqui.
Abraços." Foto do artista.

sábado, outubro 14, 2006

SeuZé - o rock potiguar

SeuZé representa o Rio Grande
do Norte no Ceará Music
Após vencer a seletiva potiguar realizada na última semana, SeuZé leva seu som para a capital cearense
.
Neste sábado, dia 14 de outubro, a banda potiguar SeuZé estará se apresentando no festival Ceará Music, na cidade de Fortaleza. Essa será a sexta apresentação do grupo na capital cearense. Em 2005 a banda se apresentou na Feira da Música, e em janeiro de 2006 foi a vez de uma pequena temporada que contou com quatro apresentações nos principais pontos da noite fortalezense.
O show do SeuZé no Ceará Music será baseado no repertório do primeiro álbum da banda, "Festival do Desconcerto", lançado em 2005 pelo selo Mudernage Diskos, e que vem rendendo ótimos comentários e resenhas da mídia especializada em todo o país.
Formado por Lipe Tavares (voz e baixo), FeLL (voz e guitarra), Augusto Souza (guitarra) e Xandi Rocha (bateria), o SeuZé mistura de maneira peculiar elementos do rock, blues e música brasileira. (Foto.) Veja mais detalhes aqui.

SeuZé - o rock potiguar

Desde o ano passado o SeuZé vem sendo indicado com freqüência aos principais prêmios da música independente no Brasil. Nos prêmios cariocas Laboratório Pop e London Burning, recebeu indicações, respectivamente, nas categorias "Revelação Nacional de 2005" e "Melhor álbum de MPB lançado em 2005". No Prêmio Hangar de Música, a banda recebeu o prêmio de "Melhor banda independente do RN em 2005. Nesse ano, o SeuZé ganhou o Prêmio Rock Potiguar de "Melhor banda do RN em 2005", "Melhor álbum lançado em 2005", "Melhor site de banda de 2005" e "Melhor letrista/compositor de 2005", para Lipe Tavares.
O SeuZé é o Rio Grande do Norte no Ceará Music. Para este evento em Fortaleza, a produção do SeuZé organizou um pacote especial para os fãs assistirem de perto o show do SeuZé no festival. O pacote incluiu transporte, ingresso do festival, translado. Os participantes dessa caravana poderão assistir o show das bandas Los Hermanos, Paralamas do Sucesso, Cidade Negra, Jorge BenJor, Marcelo D2, Planta e Raiz, Fresno e muito mais.
Além disso, a produção do SeuZé organizou um pacote especial para os fãs assistirem de perto o show do SeuZé no festival. O pacote incluiu transporte, ingresso do festival e translado. Os participantes dessa caravana poderão assistir o show das bandas Los Hermanos, Paralamas do Sucesso, Cidade Negra, Jorge BenJor, Marcelo D2, Planta e Raiz, Fresno e muito mais. (Foto.)

SeuZé - o rock potiguar











No domingo, 22 de outubro de 2006
O SeuZé estará participando do último Domingo na Praça, que acontecerá no dia 22/10, na Praça Cívica da UFRN, a partir das 17h.
Entrada Franca!
Além do SeuZé e de diversas intervenções artísticas, o projeto Domingo na Praça comemorará 10 anos, com o grupo Folia de Rua, Xaranga do Riso (atração infantil), Antonio de Pádua, Café do Vento, Belina Mamão e Perfume de Gardênia!
No sábado, 4 de novembro de 2006
A banda participa do evento Rock na Rua 2006. Serão 12 bandas no total e o SeuZé não poderia ficar de fora!!!!
Anote na Agenda: Dia 04 de novembro, no Largo da Rua Chile - II Rock na Rua!!!!!
Contatos: Brunna Brok – Produção Executiva
(84) 91031181
[produção@seuze.net]
Veja o site de SeuZé aqui. Todas as fotos têm o crédito de
Caio Khayan. (Foto.)

quinta-feira, outubro 05, 2006

Bendita Poesia

Hoje, a partir das 21h, acontecerá no Teatro de Cultura Popular (FJA), mais uma edição do projeto "Bendita Poesia", tendo como seu patrocinador o Governo do Estado e a Fundação José Augusto. O projeto privilegia o poeta que utiliza a sua produção poética das mais variadas formas, seja com o auxílio de texturas sonoras, elementos visuais, data-show, performance, ou com sua própria entonação, voz.
O projeto, que tem dimensão regional, já recebeu poetas do Ceará, Pernambuco e Paraíba.
Nesta quinta-feira teremos a seguinte programação:
"Poesia Esporte Clube" (RN)
Ivan Marinho (PE) e Malungo (PE)
e Carlos Emílio (CE) e Linbenberg Munroe (CE)
Antes do sarau, haverá o lançamento dos livros dos poetas e logo após a apresentação deles, um bate-papo com o público presente.
Teatro de Cultura Popular
Fundação José Augusto
Rua Jundiaí, 641 - Tirol - NATAL - RN
Fone/fax: (84) 232-5327 - (84) 232-5323

Suave é o coração em João Pessoa

LITERARTE MUSICAL
LANÇA LIVRO DE POETA BAIANO


Registrando os principais elementos da escrita de Antonio Naud Júnior (foto): o pé na estrada, fluxo alucinante de imagens, iconoclastia, linguagem poética, conflito dilacerante do indivíduo, misticismo acentuado e sensualidade, "Suave é o Coração Enamorado" (Bahia, Via Litterarum, 2006, 176 págs.) será lançado em João Pessoa (Paraíba) na próxima terça-feira, 10 de outubro, às 21 horas, no LiterArte Musical (Mister Caipira, em Manaíra). Juntamente com o lançamento do livro, haverá show de MPB com Cristiano, performance teatral de Petra Ramalho, sarau poético e sorteio de livros distribuídos pelo Sebo Cultural. Coordenado por Linaldo Guedes e Petra Ramalho, o LiterArte Musical foi criado em agosto do ano passado e já homenageou diversos poetas e escritores, a exemplo de João Cabral de Mello Neto, Vinicius de Morais, Fernando Pessoa, Augusto dos Anjos, Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, entre outros. A idéia do projeto é unir num mesmo espaço música, teatro e literatura.
O poeta Antonio Naud Júnior também é destaque na edição de outubro do jornal literário baiano ABXZ – Caminho das Letras, com matéria de capa: "Creio que um bom livro é mais importante que muitas coisas consideradas importantes".
LANÇAMENTO
"Suave é o Coração Enamorado", de Antonio Naud Júnior
Local:
LiterArte Musical (Mister Caipira)
Endereço:
Manaíra
Data:
Terça-feira, 10 de outubro
Horário:
21 horas.

Meu Sonho de Carnaval – Poema Erótico

Bob Motta

Quero te encontrar na cama,
literalmente despida.
Debruçada no colchão,
languidamente estendida.
Com as pernas semi-afastadas,
nem totalmente acordada,
nem tampouco, adormecida.
Ao te ver naquele estado,
sinto uma alegria imensa.
Tu sentirás um arrepio,
que é a minha presença.
Te percorrendo inteirinha,
ao longo da tua espinha,
sem se quer, pedir licença.
(Foto.)

Meu Sonho de Carnaval – Poema Erótico

Sentirás a minha boca,
umedecendo tua nuca.
Ao morder as tuas costas,
nem causa dor, nem machuca.
E com beijos atrevidos,
lambidas em teus ouvidos,
quero te deixar maluca.
Entre a cama e o teu corpo,
acomodo as mãos, com jeito.
Enquanto beijo por trás,
teu corpo, mais que perfeito.
E assim, oh! Musa querida,
contente e feliz da vida,
te massageio cada peito.
Que se arrepiam, de pronto,
com meus dedos enxeridos.
Deixando em alerta total,
em ti, todos os sentidos.
Os teus pêlos, eriçados,
o teu púbis, orvalhado,
mamilos, enrijecidos.

Meu Sonho de Carnaval – Poema Erótico

Continuo percorrendo,
tal qual um desbravador,
abro caminhos incríveis,
em teu corpo sedutor.
E tu, ali alma gêmea,
soltando o cheiro de fêmea,
teu perfume embriagador.
A minha boca não pára,
de explorar tuas estradas.
Tua boca pronuncia,
palavras apaixonadas.
Sem fazer qualquer barulho,
eu, de cabeça, mergulho,
em tuas coxas afastadas.
Viro teu corpo prá cima,
com a barriga p’ro ar.
Qual peão a uma potranca,
chucra, tentando domar.
Numa louca cavalgada,
montado em ti, desvairada,
quero ao clímax, chegar.

Meu Sonho de Carnaval – Poema Erótico

Tu em transe, desvairada,
me querendo mais e mais.
Pela boca e outras portas,
pela frente e por detrás.
E eu te amando loucamente,
beijo apaixonadamente,
os teus lábios verticais.
O teu néctar de amor,
em profusão a jorrar.
Entre orgasmos e estertores,
tuas coxas a me imprensar,
deixam-me extasiado,
com o peito acelerado,
mal podendo respirar.
Isto seria, querida,
felicidade total.
Te amando fora da conta,
em orgasmo pleno, geral.
Com amor, junto com tesão,
eu realizava, então,
MEU SONHO DE CARNAVAL...
Visitem meu site, aqui.

terça-feira, outubro 03, 2006

Projeto Fazer o Bem

domingo, outubro 01, 2006

A poesia que gira com as rolimãs

"Dormiam na rua,/ sonhavam não mais sofrer./ Vida, lágrima nua./ Despertados para morrer./ Praça, beco, favela./ Perseguidos por um mistério./ Fatalidade covarde./ Preconceito./ Fechada a janela".
O teor dos versos, em homenagem a meninos de rua executados numa chacina em São Paulo, inseridos no livro de estréia – "Morte Matada" (edição do autor) –, lançado no ano passado, e a mola que impulsionou a produção do jovem poeta natalense Ronne Grey, 25, continuam com todo azeite, já que o cenário que serviu de fundo para aquela escritura, como que se exacerbou.
Tanto a determinação que o conduziu ao mundo das letras quanto o apuro das ferramentas para exploração dos recursos imaginativos e do potencial lingüístico chegam agora muito mais caudalosos, no lançamento do segundo livro, "Vagabunda Poesia", pago também do próprio bolso, obra que ele próprio distribui, divulga e negocia, fazendo chegar aos olhos dos seus leitores a sôfrega produção de sua verve juvenil. (Foto: Antonius Manso.)

A poesia que gira com as rolimãs

O carregamento desse baú lampejante de vivências, idéias e situações, que comporta o exuberante panorama da vida de um artista quando jovem, desvelando desde as simples alegrias de um vivente, as revelações ardentes da paixão, uma incômoda zanga com a vida severina, ao lado de desaforos frutos das indisposições de sua individualidade com os absurdos sociais, documentado nas cem páginas da obra, foi relançado na 8ª Feira dos Sebos de Natal, um ambiente pródigo para anunciações. Quem ali zanzou pôde curtir, não apenas o livro de Ronne Grey, mas a verdadeira miscelânea cultural que tomou conta da Praça André de Albuquerque de 25 a 29 de outubro, de 8 às 23h, quando 15 diferentes sebos natalenses expuseram uma oferta luxuriante de produtos artísticos e culturais. Viam-se desde os tradicionais livros e revistas usados, vinis raros, CDs e DVDs, obras de arte na pintura e na escultura, nas peças de vestuário e na gastronomia, na exibição de filmes, nos números de dança e no escambau.
A praça ofereceu companhia a quem procurou viver momentos de completa euforia, no balanço inspirador e prazenteiro e no ímpeto sedutor de poetas como Paulo Leminski, Ana Cristina Cesar, Armando Freitas Filho, Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Francisco Alvim, João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Murilo Mendes e Oswald de Andrade e mesmo dos compositores, como Adriana Calcanhotto, Aldir Blanc, Caetano Veloso, Cazuza, Chico Buarque, Gilberto Gil, Renato Russo e Noel Rosa, e daqueles que transitam entre os dois mundos, como Antonio Cícero, Wally Salomão e Vinicius de Moraes.

A poesia que gira com as rolimãs

A bordo de “Vagabunda Poesia”, que resultou de intensa entrega aos delírios da musa, enquanto dispensava os atrativos sedutores do esqueite, esporte que pratica com arrebatada consideração em meio a uma grei de outros jovens e aferrados simpatizantes, Ronne conta aspectos de sua conversão ao restrito clube dos pensadores e escritores da província.
“Quando lancei, no ano passado, o livro ‘Morte Matada’, eu trabalhava numa lanchonete e juntei todo o dinheiro que ali recebia para o negócio. Fiz 200 exemplares e, depois, com o dinheiro dos 200 exemplares, lancei a segunda edição: mais 200 exemplares. E, com o dinheiro da segunda edição, lancei ‘Vagabunda Poesia’, no mês de agosto. De ‘Morte Matada’ eu tenho o último exemplar aí na mesa”, conta eufórico, apontando para o mostrador das obras, onde também se exibe sua produção em óleo, pintada sobre azulejos, o que anuncia mais um talento do escriba.
Diante da curiosidade do repórter, logo explica: “Eu comecei a pintar quando viajei com um amigo meu, uruguaio. Passei cinco meses com ele, viajando pelas praias do Ceará. E eu comecei a admirar a arte dele. Assim como eu andava com um caderninho de poesia, que eu escrevia nas ruas. Ele admirou a minha poesia. E eu admirei a pintura dele. E houve uma troca recíproca e espontânea. Como passei a admirar a pintura dele, passei a me melar de tinta. E ele começou a observar meus versos, e passou a escrever alguma coisa também. Só que nunca mais eu o vi.”

A poesia que gira com as rolimãs

Não causou tanto frisson o surgimento do poeta, em meio aos esqueitistas que, com ele, disputam cada metro da praça André de Albuquerque e do seu entorno, no Centro da cidade, onde hoje ele posa de "celebridade", uma vez que sua obra já circula em diversos estados no país, tendo merecido as boas-vindas de professores seus da universidade, onde logrou avançar no curso de Letras, que não chegou a concluir.
"Bom, meus amigos da universidade me apóiam. Meus amigos que andam de esqueite gostaram muito dessa minha atitude. Em 98, eu já andava aqui nessa praça. E Natal tem uma grande concentração de esqueitistas. É um esporte muito agradável de se fazer e existe até a Associação Potiguar do Skate. No momento, a gente está lutando por uma pista aí, porque é uma vergonha a capital do RN não dispor de uma. Ceará-Mirim tem uma pista, Macau tem pista, Mossoró tem pista e Natal, que é a capital, não tem. Ou seja, com isso, o esqueitista fica andando na rua e acaba incriminado, tachado de marginal, só porque anda de esqueite na rua."

A poesia que gira com as rolimãs

Nascido no bairro das Quintas, Ronne é filho de pai militar e sua mãe trabalha em Cartório. Sendo o filho mais velho, entre quatro irmãos, Ronne Grey Freitas de Souza – “o nome Grey foi por inspiração de um ator americano, pela história ‘O Retrato de Dorian Grey’ (Oscar Wilde) e Ronne foi papai quem escolheu. A maioria é no ‘R’ lá em casa: Robson, Ronne, Ronaldo, Roberto” –, na literatura, o poeta tem suas influências, também revela suas fontes. Lê os poetas locais, admira escritores potiguares, os contistas e prosadores locais, assim como recorre a nomes do cânone nacional e estrangeiro, com quem mantém seus códigos de respeito e consideração.
“Gosto de Zila Mamede, de Moacy Cirne, Carlos Gurgel, Civone Medeiros, Marize de Castro, João Barra. E admiro muito Castro Alves, pela ousadia dele. E Álvares de Azevedo, por aquela tristeza que conseguia expressar em forma de verso. Assim como Augusto dos Anjos. Dos mais modernos, admiro muito Vinícius de Morais, Villa-Lobos, Cecília Meirelles, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Luis Borges. Fiz letras na UnP. Eu já escrevia, e lá tinha, todo ano, a Semana de Letras. Eu participei de mesas-redondas e, inclusive, estava querendo defender a tese de colocar poesia para as salas de aula, visando estimular a leitura nos alunos. O brasileiro não gosta de ler porque a educação não foi boa. Ele não foi estimulado pelo professor. Ou seja, ele foi obrigado a ler clássicos. E, para formar um leitor, tem de começar de uma leitura mais acessível. Você não pode dar um Nietzsche, um Pablo Neruda, não pode dar filosofia para quem está aprendendo a ler, senão, bloqueia. E o cara vai criar aversão à leitura.”

A poesia que gira com as rolimãs

Falta um poema de Ronne Grey. Nada melhor que “Inconveniência”, da página 85 de “Vagabunda Poesia”, que denota a linha da graça e vivacidade do novel poeta:



Minhas lágrimas não têm sabor
Nem molham meu rosto.

Tenho dúvidas existenciais,
Não sei se me jogo pela janela.

Entre dúvidas e certezas,
Sempre terei certeza que
As dúvidas não acabarão.

Mesmo que todos ignorem meus versos,
Não morrerei calado.
Gritarei as palavras que sufocam
Minha peregrinação nas estradas.

(Caderno Encartes, Jornal de Natal, 02.10.2006. Fotos: Antonius Manso.)

O realismo pop de B. Romeu

Para quem ainda não viu, estará aberta durante toda esta semana a exposição "Da Natureza do Sonho", que reúne 18 quadros do artista plástico Benedito Romeu (Foto), 53, um expoente potiguar da pintura enquadrada nos parâmetros do realismo pop, como o artista mesmo faz questão de frisar, sendo uma oportunidade única de apreciar com vagar parte de sua excelente produção. A exposição fica aberta na Capitania das Artes (Funcarte) até o dia 06 de outubro, sempre das 08h às 18h.
Reúnem-se nesta exposição, além dos quadros de Romeu, 30 fotos do fotógrafo e jornalista português Rui Paulo da Cruz, agrupadas na mostra que denominou "As sete cores do silêncio". São trabalhos em que se combinam olhares naturalistas com composições digitais de forte impacto cromático. A cada foto corresponde uma evocação, em texto, de cidades visitadas pelo autor, como Hiroshima, San Diego, Rio de Janeiro, Portugal e Espanha.
Já o artista potiguar Romeu, que é natural de Cruzeta, professor de História, Sociologia e Inglês na rede estadual de ensino, com cursos de Sociologia (UnB-DF) e Filosofia (UFRN), e que já teve várias obras vendidas desde o vernissage da exposição, dia 21 de setembro, faz questão de mostrar a que veio. Suas obras obtiveram grande repercussão e puderam ser apreciadas e adquiridas também na exposição individual de desenhos, ocorrida na Livraria Galileu Galilei (1978 - Brasília - DF), assim como na coletiva que teve lugar no Teatro Alberto Maranhão (1985 - Natal-RN), organizada pela então criada Associação dos Artistas Plásticos do RN.

O realismo pop de B. Romeu

"Da minha parte, a intenção é mostrar obras que cobrem o período de 1980 a 2006", diz Romeu, define sua arte como um "realismo pop", dando ênfase à figura humana em diversas situações. "Embora minha obra tenha influência do rock e do cinema, temas ligados à vida de Jesus também me motivam", informa Romeu, que dedicou parte da mostra à figura de Jesus Cristo, pintado em diversas situações. Ele sublinha ser um apreciador fanático da obra dos Beatles, conjunto inglês que também está retratado numa das obras. "Algumas obras tentam dissecar a realidade social do nosso mundo, como cenas de guerra, do Che (Guevara) e de crianças abandonadas", assinala Romeu.
O artista retrata, com sua técnica apurada, cenas dramáticas, em clima de guerra, como no quadro "Curdistão", mas também traz uma série de óleos alegres e celebrativos, como os que dedicou ao filme Blow-Up (Depois Daquele Beijo, 1966, Foto acima), de Michelangelo Antonioni, e a mitos do cinema norte-americano, como James Dean, Marilyn Monroe, Elvis Presley, além dos dedicados especialmente a cenas do cotidiano.

O realismo pop de B. Romeu

Romeu trabalha também com o acrílico,
procurando adequar o material ao estilo
figurativo que já desenvolvia com o óleo


Apaixonado por cinema e por histórias em quadrinhos, Romeu sempre gostou de desenhar. Em 1980, como autodidata, começou a pintar, dedicando, por muito tempo, somente à pintura a óleo. Em 2000, passou a utilizar o acrílico, procurando adequar o material ao estilo figurativo que já desenvolvia com o óleo. O artista, que é professor da rede estadual de ensino, afirma passar as amarguras do artista, quando descobre, na sua rotina de trabalho, outros artistas ainda em botão, e imagina o sofrimento que esses alunos irão enfrentar, como protagosnitas de outros dramas.
"Me deparo freqüentemente com alunos dotados de excelentes habilidades no desenho. Gostaria de contribuir na formação não só desses estudantes como dos demais (inclusive o público em geral), mostrando que a pintura é um ofício de vida, um longo aprendizado e uma fonte de muito prazer. O mercado (de arte e cultura no Estado) estreito dificulta a sobrevivência do artista. E, da parte do Estado e sua secretaria ligada à cultura e educação, os incentivos, se existem, desconheço. Como professor, disponho de pouco tempo para me dedicar à arte da pintura, mas um apanhado desses 26 anos está à disposição para apreciação do público", diz o artista. (Capa do Caderno Encartes, Jornal de Natal, 02.10.2006.)

Dez mais músicos gays

Como o Blog AGORA NATAL pretende colaborar com os sem-tela, aqueles que precisam de visibilidade e não ganham mídia com facilidade, por uma série de implicações fáceis de deduzir, contamos com a colaboração do site Mix Brasil para divulgar fotos e informações sobre dez músicos gays que fazem sucesso no mundo e que dificilmente terão vez na mídia daqui, seja local, seja nacional, a não ser em periódicos específicos, pelo fato de serem gays.
Os Dez Mais Músicos Gays mereceram matéria no site do Mix Brasil
[mixbrasil.uol.com.br/mp/10mais-musicos.shtml], que tem o UOL como provedor. A matéria de apresentação dos ídolos gays diz assim:
"Eles são ídolos musicais. São lindos. E são gays! Ainda não são muitos, mas, pouco a pouco, os músicos gays vão fazendo história dentro do cenário internacional. Alguns deles conhecemos há bastante tempo e acompanhamos a carreira atentamente. Outros são novatos, mas cheios de talento para estourar no mainstream, orgulhosos de sua sexualidade. Confira a seguir os mais belos músicos gays e escolha seu preferido!" Recomendamos visitar o site Mix Brasil, por que lá todos podem votar no músico preferido.
A seguir, a foto e informações sobre os galãs do universo gay (textos reproduzidos do site Mix Brasil), que cantam para todo o universo, independente de guetos ou currais. São eles:

Ari Gold
Cantor de hip hop assumido, Ari nasceu no Bronx, em Nova York, e acaba de assinar contrato com uma grande linha de cosméticos masculinos nos EUA. O rapaz começou a carreira após vencer um concurso da CBS.

Darren Hayes
Ex-vocalista do duo Savage Garden, o australiano se assumiu recentemente quando embarcou em carreira solo. Darren, que nasceu em 72, já foi casado com a maquiadora Colby Taylor.

George Michael
O rei dos escândalos sexuais acaba de sair em turnê após 15 anos de jejum. No novo show, George faz críticas abertas ao governo Bush e à Tony Blair. O cantor também está comemorando 25 anos de carreira.

Jake Shears
O lindo líder da banda mais gay do mundo, Scissor Sisters, é capa da revista Out deste mês e já tirou a roupa em entrevista para a atrevida revista holandesa Butt Magazine, que publicou seu nome real, Jason Sellards.

Joel Gibb
O fofo vocalista, compositor e criador do grupo canadense The Hidden Cameras, que tem seu som definido como folk gay, também é artista plástico e diretor de diversos clipes de sua banda.

Lance Bass
O ex-integrante da boy band ‘Nsync é um dos mais recentes assumidos da lista. O bom moço, que atualmente escreve um livro de memórias, namora o belo Reichen Lehmkuhl e foi elogiado por Martina Navratilova ao sair do armário.

Mike Furey
Mike é metade do duo ultragay Dangerous Muse e adora exibir o corpinho. O rapaz foi eleito garoto de mês em uma das mais recentes edições da moderna revista Flaunt.

Ola Salo
Líder da banda mais gay sueca The Ark, Ola Salo prega a destruição de ídolos como a filosofia para o lado criativo da banda e afirma que quer encher o mundo de hinos gays.

QBoy
Rapper de sucesso no Reino Unido, QBoy se define como ""metade inglês, metade espanhol e 100% gay". Antes da fama, o moço trabalhava como jornalista de música.

Rufus Wainwright
Um dos mais bem sucedidos músicos da nova geração, Rufus é delicado, espontâneo, etéreo e poético, além de possuir uma linda voz. Recentemente, Rufus fez um show-homenagem à Judy Garldand no Carnegie Hall.
(Foto.)

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