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Jornalista, produtor cultural.

domingo, agosto 05, 2007

Assis Marinho: SOS de um artista

Entrevista ao jornalista Paulo Augusto
Paulo - Assis, gostaria que você falasse sobre a arte de Thiago Vicente. Vocês trabalharam juntos? ou trabalham? Que tipo de influência você exerceu sobre ele?

Assis Marinho - Thiago, como Dandã e Diego, foram crianças cultivadas ao longo de muitos anos. E na pequena granja do finado Chico Miséria. Foi onde eu os alimentava de ar e alimentação. Eu preparava as comidas para eles. E eles foram sendo incentivados com cuidados e carinho, com todo o respeito. Só não os matei afogados, porque eu gostava muito. mas era pra ter matado aqueles meninos tudinho... Help, eu pelo desculpa a Help.
Mas foram crianças cultivadas com carinho e com toda satisfação do que eu pude fazer.
Entre eles, Thiago Vicente foi quem desenvolveu uma condição melhor para se tornar o que ele está desenvolvendo hoje. Porque, na realidade, ele ainda não conseguiu se prontificar (se aprontar, profissionalizar), mediante as condições de, na realidade assumir uma postura, em condições reais. Porque ele é, na realidade, uma criança que está aprendendo a somar as coisas da vida.
É diferente de como Newton Navarro, em 69, me dizia: "Eu vou perecer, mas você vai se tornar um dos artistas grandes do Rio Grande do Norte". Eu digo: eu não quero ser grande. Eu só quero cultuar aquilo que eu venho desenvolvendo, e oferecer ao longo dessa minha vida as condições para poder fecundar e extrair possibilidades daqueles que são assuntados, mediante a pintura e a cultura. E ilustrar os nossos dicionários a nível potiguar.
Então, eu tenho uma relevância muito dadivosa. Mas todos nós somos aprendizes. Aprendizes daqueles que aprendem a sonhar. E um sonho que se sonha só, não é um sonho que se sonha só, mas um sonho que nós sonhamos juntos. Porque aí aprendemos a somar. Então, tenho a satisfação de dizer e além disso. Se isso for publicado, peço à governadora que me dê uma aposentadoria. Com 37 anos a 40 de arte no Rio Grande do Norte. Será que um artista autônomo vai ver os filhos morrerem de fome? Porque a minha amiga Wilma maia não tem a condição de chegar junto. Será que ela vai chegar junto. Ora, já bastam outras coisas?
Paulo - Como é que está o mercado para a pintura? A música está muito bem. Mas e a pintura?
Marinho - Bem. Mediante a relevância da sua pergunta, eu imagino a seguinte forma. É o mesmo mercado de como eu vejo Antonius Manso, como eu vejo você, como um maestro. Antonius como um fotógrafo de uma qualidade excêntrica. Você como - deleita-se qualquer um que lê seus textos, porque são avantajados e alinhados de fórmulas, de fibras, de alto nível, e de condições superior a quaisquer coisas...
Paulo - Fale do mercado.
Marinho - Aí, é a mesma relevância, da mesma forma. Da forma como você age e se propõe e dispõe, e realiza as coisas. É a forma que eu realizo a arte. Como você faz, eu pinto. E como Antonius fotografa, eu pinto. Então, a virtude é aquilo que nós não temos o sabor de saborear as condições para vivermos sossegados.
Paulo - Quando é que você prepara uma exposição individual?
Marinho - Amor, eu tenho trabalhos. Eu venho me aprochegando de uma série de Dom Quixote de La Mancha. Comecei a me introduzir dentro da obra de Cervantes. Depois, penetro na obra dos retirantes. E são cousas que são desenvolvidas com o acalento da nossa natureza e do carinho.
Paulo - Mas você acha que tem que ter o apoio oficial, ou de entidade privada, de alguma instituição, para que você tenha um patrocínio para fazer essa exposição?
Marinho - (risos) Olhe, eu não estou ainda no anonimato (ostracismo).

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